domingo, 14 de agosto de 2011

Late redemption

Num frugal enrolar-se
Mordo-te os dentes a boca o sangue o hálito
Vou te engolindo
E fundo-nos numa temperatura impossível
Deito meu corpo sobre o teu
Em linha reta linha plana
Sem linha nos empenho num sem-fim de linhas
Cem mil linhas, e numa linha-dupla culminamos
Na linha do teu olho absurdo
Que geme em movimentos redundantes de entregar-se
Voltas e revira-voltas: ponho teus pés na boca
E vou te engolindo, jibóia que sou,
E tu, tal sereia me traga; minhas pernas se vão
Num escorregadio descer pela tua garganta encantada:
E somos uma fita möbius num confundir-se de sussurros
Eu todo dentro de ti, e tu inteira dentro de mim
E vamos nos fagocitando eternamente
No espaço infinito de nossa cama imaginária
Até morrermos, duas viúvas-negras paralisadas.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Bon voyage

Mas já que eu não posso:
Boa viagem até outra vez.

Eus caçadores a correr, e as presas
Num feliz entregar-se entre soluços

Graças a um pouso imprevisto quando voava de Istambul a Frankfurt
We've got the power, we are divine
Satã is a chid of our God

Fada-dama recostada no muro
Não sentes os Éfiros brincar por entre as flores?
muitas vezes, o bobo é um Dostoiéviski

Um bicho, Fabiano, sim senhor.
Levanta excomungado


"E o poeta é um apólogo", suspirou.
"Outrora" Inês é morta, "Wizard!"

All my demons cast a spell
The souls of dusk rising from the ashes

Eles passarão, eu passarinho.